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O retorno à escrita


Um ano depois, veio o 25 de Abril de 1974, mais conhecido por "Revolução dos Cravos" e muita coisa aconteceu a seguir. As antigas colónias exigiram a independência e Portugal passou por várias vicissitudes políticas internas, desde o quase controle político do partido comunista, até uma esperada e desejada viragem para a democracia. 

Muitas pequenas e médias empresas fecharam portas e a incerteza, fazia parte do dia a dia dos portugueses. Procurar um novo emprego era uma árdua tarefa. Depois, por força das circunstâncias, a vida foi seguindo por caminhos diversos. Primeiro, havia que acautelar o futuro próximo, trabalhar e criar uma família. Mais tarde, com a vida estabilizada, voltou a vontade de escrever.

Havia folhas de papel A4, que tinha guardado há vários anos atrás e das quais me tinha esquecido com o passar do tempo. Procurei e remexi nas gavetas, até as encontrar. Reli uma e outra vez e constatei que muitas das folhas se haviam perdido. Ainda assim, depois de voltar a assimilar a história, recuperei por inteiro o que seria o meu primeiro livro.

No entanto, tinha de encontrar maneira de dar um aspeto mais agradável e profissional aos textos, o que não foi nada fácil. Para um autor de auto publicação, tudo se apresenta muito difícil de concretizar. É preciso escolher o formato de letra adaptado ao tipo de historia que queremos contar, formatar o texto com as medidas e os espaços corretos, por forma a garantir uma apresentação limpa e cuidada. A ideia, é enviar o livro para uma editora de impressão sob demanda e é aqui que tudo tem de ficar perfeito porque, a impressão sob demanda, é um processo completamente automatizado. 

A capa do livro, se concebida pelo autor, é outro verdadeiro quebra cabeças. É a capa do livro que vai suscitar ou não, a atenção dos leitores. Funciona com uma montra, que deve ir ao encontro da história que contamos. E a apresentação, terá de ser de óptima qualidade, sempre acima dos 300 dpi, para garantir uma óptima impressão. Hoje, existe o Canva, que é uma excelente app, com todos os requisitos técnicos. Por fim, o Prefácio. Ele deve ser concebido com cuidado e centrar-se nas passagens mais importantes do livro. Dizem que a capa, tal como o prefácio, são decisivos para o leitor tomar uma decisão.

Finalmente e depois de muitas voltas para entender mais ou menos todo o sistema, desde a escrita, formatação, correção de erros e pontuação, temos a nossa obra pronta para imprimir.

Aguardar a chegada dos primeiros livros impressos, são momentos muito emocionantes para quem decidiu embarcar nesta aventura. Depois, os nossos familiares e amigos mais chegados, são os primeiros juízes de nosso trabalho. A ansiedade aumenta, até ouvirmos o veredito. Quando ele é positivo, o peito enche-se de ar e a vontade de escrever aumenta proporcionalmente.

E foi assim que nasceu o meu primeiro livro de ficção/aventura/amor/ação, com o título Mamot Got o Magnânimo, que hoje se encontra na maioria das plataformas digitais, bem como na minha loja online.


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