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Mamot Got O Magnânimo 1º Volume

Foi esta história, que me levou pelos caminhos da edição e, mais tarde, da impressão. Com o único objetivo de me distrair um pouco, abri o Word e comecei a escrever um pouco sem destino. Pouco depois, percebi que tinha de arranjar nomes para os meus personagens. Inicialmente, tomei nota de quatro: O rei Mamot, a sua mulher Eter, o seu filho Mamotal Got e a sua irmã, Eterea.

A história começou a ganhar conteúdo e rapidamente percebi que alguns personagens se afirmavam como mais fortes, mais poderosos, mais determinantes. Curiosamente, pareciam ser eles a controlar o que eu escrevia e não o contrário. Pela primeira vez, dei-me conta que um personagem, pode ganhar vida própria e quase obrigar o autor a seguir determinado caminho, que não estava definido. Na primeira parte do livro, Eterea, a filha do rei, ganhou protagonismo, já que era uma jovem inteligente, determinada, culta, mas tinha um padecimento que não controlava. Sentia ciúmes do irmão mais velho Mamotal, herdeiro do trono. Para ela, o irmão não tinha o pulso necessário para assumir tal lugar.

O seu pai, o rei Mamot bem como sua mulher, a rainha Eter, tinham tido muitas e longas conversas sobre o assunto, porque, para eles, devia ser rei o que reunisse mais capacidades e sensibilidade. De tal forma, que acabaram por falar com o conselheiro-mor Margot Tod, homem culto e experiente, para poderem esclarecer as suas dúvidas, que os atormentavam. Margot, disse que gostava muito dos dois, que considerava como filhos, mas que não tinha dúvidas no seu espírito. O futuro rei devia ser Mamotal, não apenas porque era o mais velho, mas também porque mostrava muitas qualidades e ponderação suficiente. Por outro lado, o povo do reino, iria sentir-se atraiçoado, se a tradição não fosse cumprida. 

O ênfase com que o conselheiro falou, veio esclarecer todas as dúvidas que os reis sentiam, que ficaram agradecidos pela forma decidida como o homem se pronunciou. Assim, ficou decidido que Mamotal, seria o futuro rei, mas Eterea bem como o irmão, não sabiam desta conversa. Ambiciosa quanto baste, Eterea, tinha outras ideias e muito diferentes.

Nas festas da União do Reino, havia conhecido um jovem garboso, boa figura e bem falante, que de alguma forma a havia impressionado. Tinha recebido uma carta dele, onde lhe pedia para se encontrarem, porque não parava de pensar nela e na sua graciosidade. Depois de meditar no assunto, resolveu mandar investigar o jovem, antes de se encontrar com ele e, para isso, recorreu ao velho conselheiro-mor, que logo arranjou um homem de mão, a quem deu as orientações necessárias.

Depois, ficou a saber que o rapaz era filho de um grande fazendeiro do sul, mas que de vez em quando vinha à cidade, onde ficava em casa de familiares. E foi assim que decidiu marcar o primeiro encontro na Taberna do Corvo, muito frequentada. Falaram de vários temas, o jovem parecia ser educado e culto, mas tinha um relacionamento difícil com o pai, que comungava da ideia de que o povo devia aprender a ler e a escrever, para o bem de todos. Ao contrário, ele pensava que se todos aprendessem a ler e a escrever, amanhã não restaria ninguém para trabalhar as terras. Revelava assim o seu pensamento retrógado e egoísta, que deixou a jovem Eterea decepcionada. 

Mas este encontro, teve a virtude de mudar por completo a forma de pensar da jovem. Refugiou-se no seu quarto e dormiu até se satisfazer. Quando acordou, sentia-se fresca e leve.
Algo havia mudado. Procurou o irmão e falaram amistosamente. Eterea, queria mudar e aceitar que o seu irmão daria um bom rei.

Parecia, à medida que ia escrevendo, que a história ficaria por aqui, mas os personagens, foram ganhando força e carisma. Nesses momentos, parece que ganham vida própria e querem escapar ao controlo do autor. 

Depois, muitos outros acontecimentos se sucederam. Mamotal foi-se afirmando como um verdadeiro príncipe herdeiro, fez a sua primeira visita real a um reino vizinho e amigo, para onde levou um carregamento de batatas de semente que iriam dar fartura ao povo, onde se apaixonou pela princesa Delca, seu grande amor. Na sua segunda viagem, Eterea também foi, mas o destino foi perverso. Tudo parecia indicar que o seu antigo pretendente, para além de egoísta e revolucionário, era também um malfeitor.




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