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O retorno à escrita


Um ano depois, veio o 25 de Abril de 1974, mais conhecido por "Revolução dos Cravos" e muita coisa aconteceu a seguir. As antigas colónias exigiram a independência e Portugal passou por várias vicissitudes políticas internas, desde o quase controle político do partido comunista, até uma esperada e desejada viragem para a democracia. 

Muitas pequenas e médias empresas fecharam portas e a incerteza, fazia parte do dia a dia dos portugueses. Procurar um novo emprego era uma árdua tarefa. Depois, por força das circunstâncias, a vida foi seguindo por caminhos diversos. Primeiro, havia que acautelar o futuro próximo, trabalhar e criar uma família. Mais tarde, com a vida estabilizada, voltou a vontade de escrever.

Os e-books e os livros de verdade

Imagem criada por IA
Hoje, com a vida feita a correr e as imensas facilidades digitais que temos ao dispor, os hábitos de consumo estão a mudar vertiginosamente. Exatamente por isso, foram criados os e-books. É só escolher o site e com meia dúzia de cliques, fazemos o download do "livro" que escolhemos, que depois podemos ler quando nos apetecer: no telemóvel, tablet, computador ou ainda nos mais ou menos recentes e-readers. São práticos, não ocupam espaço e em qualquer lugar podemos ler. Também por isso, principalmente nas férias, vemos tanta gente que gosta de ler, com e-readers na mão. Uma nova vaga de tecnologia, aos dispor de todos. Os e-books, têm ainda outra vantagem. Como não carecem de impressão em papel, de uma forma geral, são bastante mais baratos.

O José Beirão


Nesta coisa da escrita, há quem assine o seu próprio nome ou decida utilizar um pseudónimo, como é o meu caso. O porquê do José Beirão, tem tudo a ver com os momentos em que comecei a garatujar em folhas de papel, há muitos anos atrás. Nascido na cidade da Guarda, beirão com muito prazer, foi aí que, ainda pequeno, despertei para a escrita, como já referi num post anterior. Nada mais natural, por isso mesmo, que recuar no tempo e voltar aos tempos que me deixaram saudades. Se José é o meu primeiro nome, Beirão, simboliza as minhas raízes, a Beira Alta, que visito com frequência anual. E foi aí, que iniciei a minha aventura pelas histórias aos quadradinhos, sebentas garatujadas a lápis e, mais tarde, folhas já escritas na primeira máquina de escrever que vi na minha vida. 



1970 O serviço militar obrigatório

Haviam passado cerca de 12 anos e estávamos então em 1969. A situação nas colónias portuguesas de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, tinha-se deteriorado, em consequência das políticas anticolonialistas que iam alastrando por todo o Mundo. Milhares de portugueses tentavam fugir ao serviço militar, porque sabiam qual seria o seu futuro imediato: partir para África e, no meio do sertão, enfrentar os movimentos independentistas, fomentados por americanos e russos, principalmente. Um destino ao qual todos desejavam escapar, fugindo do país, muitas vezes, sem um destino certo e seguro.