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As editoras e os autores de auto publicação

Existem em Portugal uma grande quantidade de editoras e afins, que prometem um acompanhamento cuidado e profissional, aos auto publicadores. 
Publicar um livro em Portugal, é um trabalho complicado.
Para além de criar a história, o autor, tem ainda de fazer tudo o resto, mas às vezes, os conhecimentos técnicos de edição de texto e desenho de capa, não são suficientes para obter um óptimo trabalho. Aí, será necessário recorrer a uma editora e aqui, começa a grande prova de obstáculos. 
De uma forma geral, todas as editoras dizem que é preciso avaliar a obra e o interesse comercial que poderá ter. Se aceite, é imposta, logo à cabeça, uma certa quantidade de livros para imprimir, cuja responsabilidade de venda e promoção, fica à responsabilidade do autor.
De uma forma geral, poderão agilizar um local, para proceder ao lançamento do livro, mas não asseguram, como seria de desejar, a sua divulgação e distribuição nas livrarias, comprometendo assim todo o esforço e trabalho do autor. E, assim sendo, fica a pergunta que há muito tempo faço a mim próprio: quantos autores de auto publicação haverá em Portugal? Seguramente, umas largas dezenas. Provavelmente, muitos deles, criaram obras de grande valor literário, nos mais variados estilos de escrita, mas que permanecem arrecadados no fundo das gavetas, ou nas estantes particulares de amigos mais chegados, nunca chegando a conhecer as luzes da ribalta.
A literatura, não deveria ser encarada desta forma tão comercial e restritiva, para o bem de quem escreve e para quem aprecia uma boa leitura.
Penso que em Portugal há ainda um longo caminho a percorrer neste domínio. Talvez que uma pequena organização cooperativa, que aglutinasse todos os autores independentes que o desejassem, pudesse contribuir para abrir mais portas ao conhecimento. Se é certo que os autores precisam dos seus leitores, não é menos certo que os leitores deviam poder conhecer todo o manancial de autores que permanecem no desconhecido. Todos teriam a ganhar e, seguramente, poderíamos ter mais literatura portuguesa nas livrarias, fortemente controladas pelas grandes editoras.

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