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As editoras e os autores de auto publicação

Existem em Portugal uma grande quantidade de editoras e afins, que prometem um acompanhamento cuidado e profissional, aos auto publicadores. 
Publicar um livro em Portugal, é um trabalho complicado.
Para além de criar a história, o autor, tem ainda de fazer tudo o resto, mas às vezes, os conhecimentos técnicos de edição de texto e desenho de capa, não são suficientes para obter um óptimo trabalho. Aí, será necessário recorrer a uma editora e aqui, começa a grande prova de obstáculos. 
De uma forma geral, todas as editoras dizem que é preciso avaliar a obra e o interesse comercial que poderá ter. Se aceite, é imposta, logo à cabeça, uma certa quantidade de livros para imprimir, cuja responsabilidade de venda e promoção, fica à responsabilidade do autor.

Mamotal O Rei Milagroso 2º Volume

 

A história do Rei Mamot e dos seus filhos, terminou num enorme desastre para toda a família. A desgraça, tinha chegado ao reino. Não faria grande sentido terminar assim, de forma tão dolorosa, uma história que começou de maneira tão harmoniosa. Mamotal, tinha de fazer algo que o ajudasse a mitigar os remorsos que sentia. Na sua cabeça, latejavam os terríveis acontecimentos e não conseguia ter paz, apesar de já ser rei. A história e a força dos personagens, uma vez mais, "obrigou" o autor a seguir um caminho não previsto. Mamotal, precisava de se reencontrar e, para isso, tinha de resolver e satisfazer os seus desejos de vingança.

Mamot Got O Magnânimo 1º Volume

Foi esta história, que me levou pelos caminhos da edição e, mais tarde, da impressão. Com o único objetivo de me distrair um pouco, abri o Word e comecei a escrever um pouco sem destino. Pouco depois, percebi que tinha de arranjar nomes para os meus personagens. Inicialmente, tomei nota de quatro: O rei Mamot, a sua mulher Eter, o seu filho Mamotal Got e a sua irmã, Eterea.

A história começou a ganhar conteúdo e rapidamente percebi que alguns personagens se afirmavam como mais fortes, mais poderosos, mais determinantes. Curiosamente, pareciam ser eles a controlar o que eu escrevia e não o contrário. Pela primeira vez, dei-me conta que um personagem, pode ganhar vida própria e quase obrigar o autor a seguir determinado caminho, que não estava definido. Na primeira parte do livro, Eterea, a filha do rei, ganhou protagonismo, já que era uma jovem inteligente, determinada, culta, mas tinha um padecimento que não controlava. Sentia ciúmes do irmão mais velho Mamotal, herdeiro do trono. Para ela, o irmão não tinha o pulso necessário para assumir tal lugar.

O retorno à escrita


Um ano depois, veio o 25 de Abril de 1974, mais conhecido por "Revolução dos Cravos" e muita coisa aconteceu a seguir. As antigas colónias exigiram a independência e Portugal passou por várias vicissitudes políticas internas, desde o quase controle político do partido comunista, até uma esperada e desejada viragem para a democracia. 

Muitas pequenas e médias empresas fecharam portas e a incerteza, fazia parte do dia a dia dos portugueses. Procurar um novo emprego era uma árdua tarefa. Depois, por força das circunstâncias, a vida foi seguindo por caminhos diversos. Primeiro, havia que acautelar o futuro próximo, trabalhar e criar uma família. Mais tarde, com a vida estabilizada, voltou a vontade de escrever.